segunda-feira, 19 de novembro de 2007


MAIS UMA VISITA DA CEGONHA PELA FRENTE.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

APESAR DA SAUDADE E DA DISTÂNCIA IMPOSTA POR VÁRIOS MOTIVOS, AINDA TE AMO MUITO... SAUDADES DO MEU GAROTO...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007


Quase Que Dezoito
Nando Reis


Ela me olhou de um jeito
Que me fez desentender
Eu tinha quase que dezoito
Mas acabava de nascer

Tudo se passou num instante
Entre um piscar e um olhar pra tras
E aquilo que eu era antes dela
Sumiu, não voltou jamais.

E eu tentei falar com ela,
Pensei que era assim
Nos filmes, nas telenovelas
Mas eu gostava é de gibi
Mas eu não sei
Se eu vou
Terminar sozinho.

E logo que cheguei em casa
Peguei o meu violão
Com três acordes, mi, si, lá
Eu fiz essa canção
Dizendo que ela era impiedosa e eu
Morrendo de tesão
De sua boca mentirosa
O que era sim dizia não.
E o que o jornal anunciava
Eu não prestava atenção
Pois tudo que me importava
Estava agora num refrão...

Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?

Há uma chance
Há uma chance de você querer ficar?

E logo que cheguei em casa
Peguei o meu violão
Com três acordes, mi, si, lá
Eu fiz essa canção

Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?

Há uma chance
Há uma chance de você querer ficar?

Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?
quer ficar comigo?
quer ficar comigo?
quer ficar?

Nando Reis - Quase Que Dezoito

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Metade (Oswaldo Montenegro)



Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

AMAR É...






POR ISSO, AME DE FORMA INTENSA.










NO COMEÇO TUDO ERA LINDO... COM O TEMPO AS COBRANÇAS FICARAM MAIS CONSTANTES... UM JÁ NÃO TINHA PACIÊNCIA COM O OUTRO... O AMOR TENTAVA RESISTIR ÀS SOMBRAS DA MESMICE... QUANDO NÃO TINHAMOS MAIS O QUE FALAR...

...E AS PALAVRAS JÁ NÃO FAZEM MAIS SENTIDO... A RAZÃO JÁ ENCONTRA-SE AUSENTE... AS DISCUSSÕES TORNARAM-SE A ATIVIDADE MAIS PRATICADA... O CONVÍVIO É CADA VEZ MAIS DIFÍCIL...






...UM DIA A PORTA SE FECHOU... AGORA JAZ AQUI ESQUECIDO... O AMOR ME DISSE ADEUS.

Amar, é não saber, não ter coragem
Pra dizer que o amor que em nós sentimos;
Temer qu'olhos profanos nos devassem
O templo onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros Inesgotáveis d'lusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!
Gonçalves Dias.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007


E a felicidade passou pela primeira vez na minha vida...

SONETO DA SEPARAÇÃO



De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.



De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.




De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente





Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.





Por Vinícios de Moraes

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

AMAR É...


João é um amigo que ama de forma incondícional uma mulher que passou na sua vida. Passo horas conversando com ele e sempre o nome dela aparece envolto em alguma cena. Semana passada estávamos ouvindo “Coração Vagabundo” de Caetano Veloso, que estava sendo interpretada por Gal. Olhei para meu amigo e observei seus olhos brilhantes e cheios de lágrimas, falei então – Chora João, quem ama tem que expor seus sentimentos – Ele virou na direção contrária a mim, e falou entre soluços – quem ama é doente! – Fiquei ali parado sem palavras, sem chão e sem saber o que pensar.
Passei toda a semana pensando naquilo que ouvi da boca de João, às vezes me pego pensando na hipótese dele ter falado aquilo sem pensar. Será? É, acho que ele sabia muito bem o que queria falar. Por que o amor é doença? Talvez essa seja a visão de muitas pessoas, mas outras vêem o amor como sendo um remédio para a solidão, que para muitos é um mal mortal.
Sei que me pego pensando horas nessa frase e cada vez formo uma opinião, mas quando por vez penso novamente na bendita frase, percebo que estava errado e outra vez fico sem rumo procurando explicações para o inexplicável. A verdade é que amar não é doença. Ser doente é ser dependente de outra pessoa, é ser egoísta com os sentimentos, é querer a pessoa amada só para si, é nunca imaginar-se sem o amante do lado, é impor a sua presença na vida de quem se ama, é sentenciar a pessoa amada ao seu convívio até a morte, é ter na pessoa amada a figura de uma pessoa pura, é querer que o amante seja a pessoa mais perfeita na terra. Isso é doença. Amar se restringe a uma única palavra – LIBERDADE!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007


As imagens falam por si.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Esse filme mostra como Sarney começou a fuder com o Maranhão.
http://www.youtube.com/watch?v=Zy-s6_uPjis

Agora foi oficializado que o brasileiro estar mais interessado com a própria aparência do que com o que come. Essa indústria da beleza está massificando essa tendência, que encontra legitimação em inúmeras campanhas que estão travestidas de um ideal bárbaro de beleza. Aos que aderem a essa nova moda, desejo-lhes muita sorte, pois irão precisar, já os que como esse blogueiro que vos escreve, sempre anda à margem de tal processo, o melhor mesmo é assistir a toda essa comédia pastelona de camarote.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

CRÔNICA DA MULHER QUE BEBE E TIRA A ROUPA

Quem não tem na família ou no grupo de amigos uma mulher que bebe e tira a roupa atire o primeiro sutiã neste cronista.
É um clássico.
É uma das cenas mais lindas e chapantes da admirável e nada bucólica paisagem humana.
Porque não é nada simples, amigos.
Não é safadeza propriamente dita, não é aparecimento, não é um ato contra a moral e os bons costumes.
É o grau zero e máximo da beleza, meu caro Jommard Muniz de Brito.
Está mais para o sagrado, mas isso também é pouco, não explica direito.
É bonito, pronto, nada decifra, me devore como uma loba em pele de gata em teto de zinco quente.
É como se batesse um miserável calorzão da existência a pedisse o mais natural dos gestos de uma fêmea.
É como uma índia a caminho do afluente amazônico mais próximo.
Como Iracema a se banhar na gruta de Ubajara para refrescar-se e pensar um pouquinho na vida. Pense na falta de preocupação naquele tempo! Nem pensava que no futuro ia dar tanta dor de cabeça aos jovens nas questões vestibulandas alencarinas. “Me erra, não me interpreta”, cismaria a bela índia.
É agora, uma mulher que bebeu mais uma dose vai tirar a roupa. Porque a gente pressente, a terra gira mais avexada, o olho prescreve o belo episódio, blow up, depois daquele strip. Momento sublime movido a fome de viver e álcool.
E quando sobe na mesa é mais lindo ainda.
E a cara do marido tentando apagar aquele incêndio iluminado?
Um Deus nos acuda.
Quando a mulher tem filhos, só se ouve o sussurro do menino agoniado do juízo, no meio do burburinho, da confusão, do banzé: “Mãe é doida mesmo!”
Porque ver a mãe pelada no meio da festa dura para o resto da vida. Não tem divã nem macumba que curem mais o juízo. Mais mil anos de análise, como diz meu amigo Adão Iturrusgarai, agora habitante dos Buenos Aires.
Para quem não é filho ou marido é quase invisível, de tão sagrado, o corpo de uma mulher que tira a roupa na frente do mundo todo e de todo mundo.
E normalmente a mulher que tira a roupa é uma pudica, veste-se mais comportada do que Maria Antonieta.
É um longo e demorado strip-tease. Se brincar ainda usa combinações, anáguas,
Só sei que é lindo demais o tresloucado gesto. Tenho uma amiga que é duas cachaças, com umbu ou caju de tira-gosto, e uma peça de roupa que avoa longe lá no bar do Sargento do Pátio de São Pedro.
Os cafuçus ficam só na botica, na espreita, na tocaia grande, pense, meu caro Rodin, pense!
Melhor ainda é a mulher que tira a roupa cantando uma música cafona, como as lobas, deusas e ninfetas do livro de Thiago de Góes. “Esta noite, eu vou fazer de conta que sou livre. Eu vou viver a vida que ele vive, e depois eu posso até morrer”, canta a desalmada, um clássico de Diana, a mitológica.
Como é lindo uma mulher que bebe e tira a roupa em público, noves fora qualquer moralismo, como é lindo, e priu, e pronto!
Escrito por Xico Sá

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


Poema escrito por Florbela Espanca
Ser poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
é condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Poema escrito por Florbela Espanca
Eu ...


Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

Poema de Florbela Espanca

sexta-feira, 21 de setembro de 2007


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Seis meses da Morte de GERÔ


Algumas pessoas carregam um carisma que fazem com se tornem íntimas em poucos minutos. Em 2004, quando ainda estava no 1º- período do curso de Comunicação Social com habilitação em jornalismo da Faculdade São Luis, conheci o poeta GERÔ.
Essa oportunidade me foi dada por fazer parte do extinto projeto RODA CULTURAL, que tinha a proposta de trazer para um bate-papo, dentro da academia, personalidades envolvidas com o movimento cultural da cidade.
Esse projeto me deu a oportunidade de conhecer o hoje Secretário de Cultura do Estado do Maranhão, Joãozinho Ribeiro, que foi o primeiro a conversar com a comunidade acadêmica da Faculdade São Luis.
O segundo a nos brindar com o seu carisma foi o jornalista, roteirista e cineasta Cláudio Farias, que também é presidente da ONG Terra de Preto. Cláudio tinha muito a nos falar sobre cultura, já que é um ativista cultural, que sempre foi engajado em movimentos ligados à cultura afro-brasileira. Na ocasião, Cláudio estava editando o Filme QUILOMBOS MARANHENSES: CULTURA E POLÍTICA, que venceu o projeto DOCTV DE 2004, no Maranhão. Na ocasião o cineasta falou sobre sua militância no movimento afro-brasileiro e comentou sobre a temática que envolvia o documentário que estava editando. Ao final brindou todos os presentes com o trailer, em primeira mão, do documentário.
Um mês depois, quem sentava no meio da “roda”, era o fotógrafo Márcio Vasconcelos. Márcio mostrou suas fotos de várias manifestações culturais que documentou e conversou sobre fotografia e cultura.
Cesar Teixeira foi a quarta personalidade cultural a dar a sua contribuição ao projeto RODA CULTURAL. O jornalista, cantor e compositor comentou a sua trajetória como jornalista cultural em alguns diários da cidade, dando ênfase à censura imposta nas redações desses veículos. Porém, sempre bem humorado, ele comentou como conseguia driblar essa censura. Cesar também estava lançando o disco SHOPPING BRAZIL, que empiricamente acho um belíssimo disco.
Foi nessa ocasião que conheci o grande GERÔ, uma pessoa simples nos hábitos, mas grande em seus princípios e bondade. Mesmo sem conhecer o GERÔ com mais intimidade, tive essa impressão quando o vi na minha frente querendo me vender um livro de cordel. Comprei-o de imediato e aproveitei para puxar conversa com aquela figura carismática, que chegara ali ainda com o cheiro da última tomada em algum bar da lha dos amor. Quem conheceu o GERÔ na intimidade afirma que era uma pessoa muito boa de coração, amiga e sempre disposta a interceder em favor de um amigo, ou até mesmo de um desconhecido.
Não quero levantar polêmica e nem ficar aqui levantando causas para o que aconteceu com o nosso poeta, quando da sua morte. Para quem não sabe, GERÔ foi morto após ser preso e espancado por policiais militares, que em suas defesas afirmaram terem prendido o poeta por conta de uma denúncia de roubo de uma bolsa, que depois foi negada pela vítima, que afirmou ter falado para os policiais que não seria aquele rapaz (GERÔ) o responsável pelo delito.
Foram feitas mobilizações para cobrar uma maior investigação dos fatos e que fosse aplicada a lei aos culpados pela barbárie. O caso, à vezes, parece ter caído no esquecimento, muito por culpa de todos nós, digo todos, toda a população maranhense, que não cobrou de forma mais fervorosa e por mais tempo a culpabilidade dos envolvidos na morte do poeta.
Mas, eis que surge uma luz no fim do túnel. Dia 22 de setembro (sábado), serão lembrados os seis meses do assassinato de GERÔ. O manifesto vai acontecer na Praça Mururu (Coroado), em frente à Rádio Comunitária Conquista. Na ocasião será lançado o Cordel “AS PERIPÉCIAS DE GERÔ ENTRE O PURGATÓRIO E O CÉU”, que terá distribuição gratuita para os presentes. O acontecimento também contará com a presença de artistas e cantores locais. Então convoco todos a participar desse ato contra a violência e a impunidade.



terça-feira, 18 de setembro de 2007

Manifesto dos Sem-Mídia
Setembro de 2007
Vivemos um tempo em que a informação se tornou tão vital para o homem que passou a integrar o arcabouço de seus direitos fundamentais. Defender a boa qualidade da informação, pois, é defender um dos mais importantes direitos fundamentais do homem. É por isso que estamos aqui hoje.

No transcurso do século XX, novas tecnologias geraram o que se convencionou chamar de mídia, isto é, o conjunto de meios de comunicação em suas variadas manifestações, tais como a secular imprensa escrita, o rádio, o cinema, a televisão e, mais recentemente, a internet. Essa mídia, por suas características intrínsecas e por suas ações extrínsecas, tornou-se componente fundamental da estrutura social, formada que é por meios de comunicação de massa.

Em todas as partes do mundo - mas, sobretudo, em países continentais como o nosso -, quem tem como falar para as massas controla um poder que, vigendo a democracia, equipara-se aos Poderes constituídos da República. E, vez por outra, até os suplanta. Essa realidade pode ser constatada pela simples análise da história de regiões como a América Latina, em que o poder dos meios de comunicação logrou eleger e derrubar governos, aprovar leis ou impedir sua aprovação, bem como moldar costumes e valores das sociedades. Contudo, há fartura de provas de que, freqüentemente, esse descomunal poder não foi usado em benefício da maioria.

Não se nega, de maneira alguma, que as mídias, sobretudo a imprensa escrita, foram bem usadas em momentos-chave da história, como nos estertores da ditadura militar brasileira, quando a pressão (tardia) de parte dessa imprensa ajudou a pôr fim à opressão de nossa sociedade pelo regime dos generais. Todavia, é impossível ignorar que a ditadura foi imposta ao país graças, também, à mesma imprensa que hoje vocifera seus neopendores democráticos, nascidos depois que sua recusa pretérita de aceitar governos eleitos legitimamente atirou o país naquela ditadura de mais de vinte anos.

O lado perverso da mídia também se deve, por contraditório que possa parecer, à sua natureza privada, uma natureza que também é - ou deveria ser - uma de suas virtudes. Nas mãos do Estado, a mídia seria uma aberração, mas quando é pautada exclusivamente por interesses privados, seu lado obscuro emerge tanto quanto ocorreria na primeira hipótese, pois um poder dessa magnitude acaba sendo usado por diminutos grupos de interesse. Nas duas situações, quem sai perdendo é a coletividade, pois o interesse de poucos acaba se sobrepondo ao de todos.

A submissão da mídia ao poder do dinheiro é um fato, não uma suposição. Os meios de comunicação privados nada mais são do que empresas que visam lucro e, como tais, sujeitam-se a interesses que, em grande parte das vezes, não são os da coletividade, mas os de grandes e poderosos grupos econômicos. Estes, pelo poder que têm de remunerar o “idealismo” que lhes convêm, cada vez mais vão fazendo surgir jornalistas dispostos a produzir o que os patrões requerem, e o que requerem, via de regra, é o mesmo que aqueles grupos econômicos, o que deixa a sociedade desprotegida diante da voracidade daqueles que podem (?) esmagar divergências simplesmente ignorando-as.

É nesse ponto que jornalistas e seus patrões contraem uma união estável com facções políticas e ideológicas que não passam de braços dos interesses da iniciativa privada, dos grandes capitais nacionais e transnacionais, do topo da pirâmide social. E a maioria da sociedade fica órfã, indefesa diante do poder dos de cima de alardearem seus pontos de vista como se falassem em nome de todos.

Agora mesmo, na crise que vive o Senado Federal, vemos os meios de comunicação alardearem uma suposta "indignação nacional" com o presidente daquela Casa. Esses meios dizem que essa indignação é "da opinião pública", apesar de que a maioria dos brasileiros certamente está pouco se lixando para a queda de braço entre o presidente do Congresso e a mídia. Nesse processo, a "indignação" de meia dúzia de barões da mídia é apresentada como se fosse a "da opinião pública".

O poder que a mídia tem - ou pensa que tem - é tão grande, que ela ousa insultar a ampla maioria dos brasileiros, maioria que elegeu o atual governo. A mídia insulta a maioria dizendo que esta tomou a decisão eleitoral que tomou porque é composta por "ignorantes" que se vendem por "bolsas-esmola". Retoma, assim, os fundamentos do voto censitário, que vigeu no alvorecer da República, quando, para votar, o cidadão precisava ter um determinado nível de renda e de instrução. E o pior, é que a teoria midiática para explicar por que a maioria da sociedade não acompanhou a decisão eleitoral dos barões da mídia, esconde a existência de cidadãos como estes que aqui estão, que não pertencem a partidos, não recebem "bolsas-esmola" e que, assim mesmo, não aceitam que a mídia tente paralisar um governo eleito por maioria tão expressiva criando crises depois de crises.


É óbvio que a mídia sempre dirá que suas tendências e pontos de vista coincidem com o melhor interesse do conjunto da sociedade. Dirá isso através da confortável premissa (para os beneficiários preferenciais do status quo vigente) de que as dores que a prevalência dos interesses dos estratos superiores da pirâmide social causa aos estratos inferiores, permitirão a estes, algum dia, ingressarem no jardim das delícias daqueles. É a boa e velha teoria do “bolo” que precisa primeiro crescer para depois ser dividido.

Os meios de comunicação sempre tomaram partido nos embates políticos. Demonizam políticos e partidos que grupos de interesses políticos e econômicos desaprovam e, quando não endeusam, protegem os políticos que aqueles grupos aprovam. Isso está acontecendo hoje em relação ao governo federal e à sua base de apoio parlamentar, por um lado, e em relação à oposição a esse governo e a seus governos estaduais e municipais, por outro. Resumindo: a mídia ataca o governo central em benefício de seus opositores.

Os meios de comunicação se defendem dizendo que atacam o governo central também porque ele nada faz de diferente - ou de melhor - do que fazia a facção política que governava antes, e diz, ainda por cima, que o atual governo produz "mais corrupção". Alguns veículos, mais ousados, acrescentam que os que hoje governam favorecem mais o capital do que seus antecessores. Outros veículos, mais dissimulados, ainda adotam um discurso quase socialista ao criticarem os lucros dos bancos e o cumprimento dos contratos que o governo garante. A mídia chega a fazer crer que apoiaria esse governo se ele fizesse despencar a lucratividade do sistema bancário e se rompesse contratos. Faz isso em contraposição ao que dizia dos políticos que agora estão no poder, porém no tempo em que estavam na oposição, ou seja, dizia que não poderiam chegar ao poder porque, lá chegando, descumpririam contratos e prejudicariam o sistema bancário...

A mídia brasileira garante que é “isenta”, que não é pautada por ideologias ou por interesses privados, e que trata os atuais governantes do país como tratou os anteriores. Não é verdade. Bastaria que nos debruçássemos sobre os jornais da época em que os que hoje se opõem ao governo federal estavam no poder e comparássemos aqueles jornais com os de hoje. Veríamos, então, como é enorme a diferença de tratamento. Nunca a oposição ao governo federal foi tão criticada pela mídia quanto na época em que os que hoje estão no governo, estavam na oposição; nunca o governo foi tão defendido pela mídia quanto era na época em que os que hoje estão na oposição, estavam no governo.

Não é preciso recorrer a registros históricos para comprovar como os pesos e medidas da mídia diferem de acordo com a facção política que ocupa o poder. Basta, por exemplo, comparar a forma como os jornais paulistas cobrem o governo do Estado de São Paulo com a forma como cobrem o governo do país.

A mesma facção política governa São Paulo há mais de uma década. Nesse período, o Estado foi tomado pelo crime organizado. A Saúde pública permanece - ou se consolida - como um verdadeiro caos, apesar das novas tecnologias e da enorme quantidade de recursos que transitam por São Paulo. A Educação pública permanece como uma das piores do país a despeito da pujança econômica paulista. Assim, começaram a eclodir desastres nunca vistos na locomotiva do Brasil que é São Paulo.

Ano passado, uma organização criminosa aterrorizou este Estado. Essa organização nasceu e se fortaleceu dentro dos presídios controlados pelo governo paulista. A Febem, destinada a recuperar jovens criminosos, consolidou-se como escola de crimes, e as prisões para adultos alcançaram o status de faculdades do crime. No início deste ano, uma rua inteira ruiu por causa de uma obra da linha quatro do metrô paulistano, administrado pelo governo paulista. Várias pessoas morreram. Foi apenas mais um entre muitos outros acidentes que ocorreram nas obras do metrô de São Paulo e a mídia não noticia nada disso, o que lhe deixa escandalosamente óbvio o intuito de proteger o grupo político que governa o Estado mais rico da Federação e que se opõe ferozmente ao governo federal.

A mídia exige CPIs para cada suspeita que a oposição levanta sobre o governo federal, mas não diz uma palavra de todos os escândalos envolvendo o governo de São Paulo. Omite-se quanto à violação dos direitos das minorias parlamentares na Assembléia Legislativa paulista, violação perpetrada pelas maiorias governistas, maiorias que nos últimos anos enterraram dezenas de pedidos de investigação do governo paulista, controlado por políticos que estão entre os que mais exigem investigações sobre o governo federal.

Seria possível passar dias escrevendo sobre tudo o que a imprensa paulista deveria cobrar do governo do Estado de São Paulo, mas não cobra. Ler um jornal impresso em São Paulo ou assistir a um telejornal produzido aqui só serve para tomar conhecimento do que faz de ruim - ou do que a mídia diz que faz de ruim - o governo federal. Dificilmente se encontra informações sobre o governo paulista, e críticas, muito menos. O desastre causado pela obra da linha quatro do metrô paulistano, por exemplo, foi coberto pela mídia, mas por pouco tempo - questão de dias. Depois, o assunto desapareceu do noticiário e nunca mais voltou. Dali em diante, a mídia passou a esconder e a impedir qualquer aprofundamento no caso, fazendo com que a sociedade permaneça sem satisfação quase nove meses depois da tragédia. Mas o "caos aéreo" não sai da mídia um só dia já há quase um ano.

Assim é com tudo que diga respeito a políticos e partidos dos quais a imprensa paulista gosta. E o mesmo se reproduz pelo país inteiro. A mídia carioca, a mídia baiana, a mídia gaúcha, as mídias de todas as partes do país fazem o mesmo que a paulista, pois todas são uma só, obedecem aos mesmos interesses, controladas que são por um número ridiculamente pequeno de famílias "tradicionais", por uma oligarquia que domina a comunicação no Brasil desde sempre.

O lado mais perverso desse processo é o de a mídia calar divergências. Cidadãos como estes que assinam este manifesto são tratados pelos grandes meios de comunicação como se não existissem. São os sem-mídia, somos nós que ora manifestamos nosso inconformismo. Muito dificilmente é dado espaço pela mídia para que quem pensa como nós possa criticar o seletivo moralismo midiático ou as facções políticas amigas dos barões da mídia. A quase totalidade dos espaços midiáticos é reservada àqueles que concordam com os grandes meios de comunicação. Jornalistas que ousam discordar, são postos na "geladeira". A mídia impõe uma censura branca ao país. Isso tem que parar.

Claro precisa ficar que os cidadãos que assinam este manifesto não pretendem, de forma alguma, calar a mídia. Os que qualificam qualquer crítica a ela como tentativa de calá-la, agem com má-fé. É o contrário, o que nos move. O que pedimos é que a mídia fale ou escreva muito mais, pois queremos que fale ou escreva tudo o que interessa a todos e não só aquilo que lhe interessa particularmente e àqueles que estão ao seu lado, pois a mídia tem lado, sim, apesar de dizer que não tem, e esse lado não é o de todos e nem, muito menos, o da maioria.

Mais do que um direito, fiscalizar governos, difundir idéias e ideologias, é obrigação da mídia. Assim sendo, os signatários deste manifesto em nada se opõem a que essa mesma mídia critique governo nenhum, facção política nenhuma, ideologia de qualquer espécie. O que nos indigna, o que nos causa engulhos, o que nos afronta a consciência, o que nos usurpa o direito de cidadãos, é a seletividade do moralismo político midiático, é o sufocamento da divergência, é o soterramento ideológico de corações e mentes.

Por tudo isso, os signatários deste manifesto, fartos de uma conduta dos meios de comunicação que viola o próprio Estado de Direito, vieram até a frente desse jornal dizer o que ele e seus congêneres teimam em ignorar. Viemos dizer que existimos, que todos têm direito de ter espaço para seus pontos de vista, pois a mídia privada também se alimenta de recursos públicos, da publicidade oficial, e, assim sendo, tem obrigação de não usar os amplos espaços de que dispõe como se deles proprietária fosse. Seu papel, seu dever é o de reproduzir os diversos matizes políticos e ideológicos, de forma que o conjunto da sociedade possa tomar suas decisões de posse de todos os fatos e matizes opinativos.

Em prol desse objetivo, hoje está sendo fundado o Movimento dos Sem-Mídia. Trata-se de um movimento que não está cansado de nada, pois mal começou a lutar pelo direito humano à informação correta, fiel, honesta e plural. Aqui, hoje, começamos a lutar pelo direito de todos os segmentos da sociedade de terem como expor suas razões, opiniões e anseios e de receberem informações em lugar desse monstrengo híbrido - gerado pela promiscuidade entre a notícia e a opinião - que a mídia afirma ser "jornalismo".

A ARTE DA CANTADA PERMANENTE


A cantada, amigos, é como a revolução de Mao Tse-Tung, tem que ser permanente.
Existem mulheres que a gente canta no jardim da infância para dar o primeiro beijo lá pelos treze, quatorze.
Mas é necessário que a cante sempre, não aquela cantada localizada, neoliberal e objetiva, falo do flerte, do mimo, do regador que faz florescer, como numa canção brega, todos os adjetivos desse mundo.
A cantada de resultado, aquela imediata, é uma chatice, insuportável, se eu fosse mulher reagiria com um tapa de novela mexicana, daqueles que fazem plaft!
A boa cantada é a cantada permanente.
E mais importante ainda depois que rolam as coisas, depois que acontece, aí a cantada vira devoção, oração dos pobres moços a todas elas.
Porque cantar só para uma noitada de sexo é uma pobreza dos diabos, qualquer um animal o faz.
Porque cantar, à vera, é cantar todas e não cantar nenhuma ao mesmo tempo.
Explico: é espalhar pacientemente a devoção a todas as mulheres como quem espalha sementes nos campos de lírios.
Mesmo que elas digam, com aquele riso litografado na covinha do sorriso, que você diz isso para todas.
E claro que para cada uma dizemos uma loa, fazemos uma graça, não repetimos o texto, o lirismo, o floreado.
Porque amamos mesmo as mulheres.
Cantemos indiscriminadamente, e que me perdoe o velho e bom Vinícius de Moraes, mas cantemos sobretudo as ditas feias, esse conceito cruel e abstrato de beleza. Elas merecem, até porque as feias não existem, nunca conheci nenhuma até hoje.
Não por sermos generosos, piedade, ou algo do gênero... É que a dita feia, quando bem cantada, vira a superfêmea, para lembrar a bela pornochanchada com a Vera Fischer.
A cantada permanente e indiscriminada é irresistível, quando você menos espera, acontece o que você tanto sonhava.
Sim, tem que ter o cuidado para não ser simplesmente um chato que baba diante do melhor dos espetáculos, a existência das mulheres.
Ter que cantar sempre a mesma mulher e parecer que está apenas de passagem, que o estribilho é sempre novo, nada de larararás que mais parecem refrões do Sullivan e do Massadas, lembram dessa dupla de músicas chicletosas?
Ah, digamos que você cantou a Sônia Braga ainda naqueles tempos em que Gabriela subiu com aquele vestidinho no telhado –a cena mais quente da teledramaturgia brasileira até hoje- e e continuou cantando, sempre, sutil e sempre, e agora ela, passados tantos calendários, se comove e resolve recompensá-lo! Vai ser lindo do mesmo jeito, não acha? Na tela do nosso cocoruto vai passar o videotape de todos os desejos antigos e despejados no ralo pela morena cravo & canela.



Texto escrito Xico Sá

http://carapuceiro.zip.net/

segunda-feira, 17 de setembro de 2007


E Renan continua a sua saga. O que me deixa mais irritado é o cinismmo com que alguns "Senadores" tratam a questão. O que fica evidente é que os interesses pessoais estão descaradamente mais evidenciados que os interesses do povo brasileiro. Quero saber até quando o "heróico" senador Renan Calheiros vai continuar se livrando de todas as acusações a ele creditadas.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

DORES DO MUNDO

Uma das grandes vantagens das mulheres sobre nós é a coragem, o destemor, de chorar em público. Se o choro vem, as mulheres não congelam as lágrimas, como os moços, pobres moços... Não guardam as lágrimas para depois, como sempre adiamos, não levam as lágrimas para chorar escondidos em casa.

Pior ainda é o homem que não chora nunca. Além de fazer mal ao coração, esse tipo não merece muita confiança. As mulheres não, falo da maioria das moças, desabam em qualquer canto e hora. Se estão mal de amor, choram na firma, no escritório mesmo, na fábrica, choram no trânsito, choram no metrô, simplesmente choram.

Como invejo as lágrimas sinceras das fêmeas.

Quantas vezes a gente não se preserva, por fraqueza, enquanto as lágrimas, em cachoeira, batem forte no peito machista e viram apenas pedras do gelo do uísque.

Como invejo as mulheres que misturam sim o trabalho com o drama heavy metal da existência. Desconfio da frieza profissional, das icebergs de tailleur, que imitam os piores homens e guardam tudo para molhar o travesseiro solitário numa noite de inverno.

Ora, as mulheres podem ser infinitamente poderosas, administrarem plataformas de petróleo nos mares... e chorarem um atlântico diante de uma alma perra e sem cuidados.

Lindas e comoventes as mulheres que choram em público, nas ruas, nos bares, nos restaurantes, nas malocas, no táxi. São antes de tudo umas fortes. Tristes dos que estranham ou ficam envergonhados com o mais verdadeiro dos choros. O medinho do macho diante do pênalti que vale uma vaga no torneio da dignidade.

Texto escrito por Xico Sá

http://carapuceiro.zip.net/
Brigas, alguns dizem que sem elas o amor perde a graça. E essa teoria é sustentada por uma “simples” explicação: depois de uma briga o casal faz amor como se fosse a primeira vez, tamanho é o carinho com que ambos tocam seus corpos. Concordo com essa teoria: nada melhor do que uma boa noite de amor depois de uma fervorosa briga de casal.

Agora nada me deixa mais sentido do que o choro feminino. Quando, no auge da discussão, a mulher começa a soluçar e derramar lágrimas que parecem infinitas. Confesso que perco o chão quando isso acontece e esqueço até o motivo da discórdia. Passo então a fazer mimos e a tentar secar aquele rio de lágrimas que escorrem pelo rosto sempre belo de uma mulher.

Felizes das mulheres que choram no meio de uma discussão caseira, por que as que usam dessa arma sabem que dominam o homem. E como é bom ser dominado por uma mulher.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007


Apenas uma coisa a declarar: "ISSO É UMA VERGONHA"

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

PRA TE LEMBRAR

Quando falo de amor
Refiro-me a algo que nem sei o que significa
Porém sei que é algo único
E dura para toda a vida

Quando falo em ti
Não sei direito no que penso
Mas sei que jamais irei esquecer
O teu jeito de dizer –eu te amo-

Quando sonho com você
Sinto os teus lábios nos meus
O teu cheiro parece ser mais doce
E o teu corpo mais macio

Sei que um dia nos reencontraremos
Em algum caminho das nossas vidas
Então saberei o que me fez te guardar em mim
E o por que de ter vivido
Tão intensamente essa paixão

Nesse dia irei te presentear com a tua lembrança
Uma parte que só viveu em mim
E que dentro desse imenso amor
Moldou-te a mulher mais cheia de luz
Mais feliz
Mais desejada
Mais amada
Então saberei a razão
De ainda guardar tudo que me lembre você.


NIELSEN FURTADO

domingo, 26 de agosto de 2007

TRÊS

Eu, Madson e Carol, estavamos em um bar no BECO DAS TRÊS bebendo umas três dúzias de cerveja. Por volta das Três da manhã, chegaram em três viaturas uma três dúzias de policiais. Os “educados” senhores da lei nos avisaram que teriam que fechar o estabelecimento naquele momento. Em princípio fiquei um pouco chateado, pois ainda haviam três “grampolas” esperando por um triplo de hora de prazer incessante. Mesmo contrariado fui para o lar e chegando em casa fui comer uma mistura que todo bom maranhense gosta, um prato com ovo, feijão e arroz. Dormir umas três horas, quando acordei vi na televisão uma discussão sobre a tridimensionalidade em que vivemos. Confesso que me interessei pelo assunto e pensei comigo, três é o número da vida, quando duas pessoas se amam e decidem ter um filho, esse casal passa a ser três, que é a metade de cada um dos dois.
Pensei nisso durante três horas e só chegava à conclusão de que o número três era mais complexo ainda. Às três da tarde me dirigir ao bar onde sempre tomo minhas três dúzias de cervejas do sábado. Ao chegar no lugar onde só é bom por que encontramos velhos conhecidos. Sentei-me em companhia de Diogo e Madson, pedimos a primeira para esse que vos fala e a terceira para os outros dois. Puxei o assunto da complexibilidade do número e passamos umas três horas de discussão ininterrupta. Quando terminamos a tão famigerada discussão, chegamos à conclusão de que nada sabíamos em relação ao tema principal daquela conversação. Por mais umas três horas conversamos sobre determinados assuntos, bebemos mais umas três dúzias de cervejas e quando nos preparávamos para ir embora, eis que chegam no buteco três maravilhosas mulheres. A ala masculina ficou descontrolada e havia motivos triplos para aquela reação. As garotas além de lindas e interessantes, satisfaziam as três raças. Todos brigaram e fizeram de tudo pela atenção das garotas. O consumo de álcool já era descontrolado e todos falavam muitas coisas e não diziam nada. Foi então que um dos nossos amigos, frequentador assíduo do bar em questão gritou:
- E ai gatinhas, tenho três motivos para ficar com uma de vocês!
Então a loira pediu a ele que falasse quais seriam. Sem muita conversa o rapaz respondeu:
- Primeiro, vejo que as moças estão sem companhia. Segundo, tenho certeza que a minha companhia será agradável. Terceiro, vou sentar com vocês para saber qual é a que mais combina comigo.
A loira se levanta e fala em alto e bom tom:
- Fique sentado ai por favor. Falarei-te o que gosto nos homens. Primeiro, cavalheirismo. Segundo, que seja atraente e terceiro, que seja o oposto de você.
O rapaz não ficou atrás e respondeu perguntando:
- Então de três chances agora só tenho duas?
A morena respondeu com uma classe nunca antes vista pelos meus olhos:
- Pois bem amorzinho, senta aqui ao nosso lado por que nós duas podemos ficar com você, isso é, se meu amor quiser participar de um trio amoroso... O rapaz com a cara assustada não entendia nada e morena continuou. Por que eu e ela moramos juntas, ou melhor nós dois moramos juntos.
O silêncio foi tão grande que chegou a doer no meu ouvido. Pagamos a despesa e saímos com um sorriso cínico na cara, também estavamos aliviados de não termos sido vítimas daquele trio.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Dia 21 de agosto, fez exatamente 18 anos da morte de Raul Seixas. Muitas histórias ouvi e li em biografia do cantor. Raul foi um artista que influenciou e ainda influência muitas gerações. Partes de músicas suas são levadas como hinos por toda uma vida. Em relação a esse que vos escreve, posso dizer que sempre um maluco beleza. Nunca me importei muito com convenções e nem em viver de acordo com o que todos acham certo. Sou e sempre fui uma eterna metamorfose ambulante, nego os conceitos pré-estabelecidos de uma sociedade hipócrita. Não sou aquele idiota, ridículo e limitado que só usa 10% da sua cabeça. Não! quero ser diferente, quero ter a liberdade de errar e acertar sem que ninguém diga o que é certo ou errado. Uma professora comentou um dia em sala, que os homens lutaram muito tempo pelo direito de serem iguais, hoje lutam pelo direito de serem diferentes. Cada pessoa é um universo abstrato e desconhecido para o mundo, isso é que difere os seres nesse espaço sideral com limites pré-estabelecidos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

CANÇÃO DOS BÊBADOS EXILADOS

Minha terra tem cachaça,
Que domingo bebo no bar;
Os bêbados daqui,
Não são iguais aos de lá.

Nossos bares têm mais licores,
Nossas bebidas têm mais sabores,
Nas serestas dessa vida,
O boêmio encontra amores.

Em beber, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem cachaça,
Que domingo bebo no bar.

Minha terra tem licores,
Que tais não encontro eu cá;
Em beber - sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem cachaça,
Que domingo bebo no bar.

Não permita deus que de cirrose eu morra,
Sem que eu volte a beber lá;
Sem que desfrute dos calores
Das meretrizes que não encontro por cá;
Sem qui’nda aviste as cachaças,
Que domingo bebo no bar.


Nielsen Furtado

TODOS OS BÊBADOS SÃO RIDÍCULOS



Todos os bêbados são
Ridículos,
Não seriam bêbados se não fossem
Ridículos.

Também fui em meu tempo um bêbado,
Como os outros,
Ridículo.

Os bêbados, se há cachaça,
Têm de ser
Ridículos.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca beberam
Na vida
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo beber como bebia
Sem dar por isso
Como um bêbado
Ridículo.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas farras
É que são ridículas

(Todas as cachaças esdrúxulas,
como os sentimentos esdrúxulos,
são naturalmente
ridículos).



Nielsen Furtado

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Hoje pela manhã duas notícias me deixaram estarrecido. Uma dá conta do achado do corpo da Diretora do Colégio Erasmo Dias, Luzia Lopes Pinheiro. A outra é sobre o terremoto que sacudiu o Peru. Sobre a morte da Diretora, pouco ainda se sabe. O que se tem notícia é que ela estava recebendo muitas pressões por parte de professores e do Estado. A greve dos professores estaduais já tomou rumos inaceitáveis do ponto de vista social. O que se vê, é a luta de uma classe por direitos adquiridos, contra um governo omisso, fraco e mal administrado. Estamos falando de EDUCAÇÃO, que é a base para uma sociedade com direitos e oportunidades mais justas. A morte de Luzia Lopes Pinheiro é o reflexo do que se transformou essa greve desproporcional. O governo com uma falta inacreditável de competência, acaba por ver nascer um Mártir da GREVE DOS PROFESSORES ESTADUAIS DO MARANHÃO.
Em relação ao terremoto, fico sempre chocado com essas catástrofes naturais. Ainda hoje sinto arrepios quando lembro da tsunami ocorrida na Ásia em 2004. O terremoto de ontem no Peru gerou um alerta de ondas gigantes. O que me pergunto é: qual o tamanho da área que seria atingida por essas ondas? Outra questão: será que os países (localidades) atingidos teriam um plano de evacuação em massa eficiente? Essas questões a respeito desse(s) terremoto(s) podem e devem entrar em discussão para que se saiba até que ponto estamos protegidos dessas catástrofes.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

SOBRE SEXO

Já ouvir muitas pessoas falarem que em mesa de bar só sai coisa que não presta. Por ser um freqüentador assíduo desse tipo de local, posso advogar em seu favor. As pessoas vivem travestidas de conceitos pré-estabelecidos e acabam falando de algo que não conhecem. Então, resolvi contar algumas conversas que tiveram como cenário um bar.
Semana passada estava tomando um chopp no bar ao lado da Faculdade. Faziam-me companhia dois amigos meus. Depois de alguns goles a mais de cerveja começamos a conversar sobre assuntos variados. Em um determinado momento a conversa passou para o campo do sexo. O que em princípio era só putaria, passou para uma discussão mais seria. Em alguns instantes nos encontramos envolvidos em uma questão antiga. A muito se fala de como homens e mulheres vêem o sexo propriamente dito. Éramos dois homens e uma mulher, mas apesar de sermos a maioria, não estávamos ali para ver quem era melhor e quem não era. Foi então que levantei uma questão:
- Por que o homem faz sexo e a mulher amor?
- Não, a coisa é diferente, as preliminares são mais importantes para a mulher do que a penetração propriamente dita (respondeu a minha amiga).
- Rapaz, eu prefiro ficar a noite todinha com a mulher só no estimulo sexual, sem penetração- Dito isso meu amigo tomou mais um gole e continuou- já passei noites com mulheres só fazendo isso, ambos nos masturbando um ao outro. Confesso a vocês que foi muito bom.
- Em relação ao que ela falou, vou dizer o que eu acho. A mulher faz sexo com a cabeça e o homem não, o homem é mais instintivo, o homem é mais o órgão sexual mesmo. A mulher começa a fazer sexo durante a sedução. No momento do primeiro beijo, em frases carinhosas, em carinhos, enfim, é quando a mulher se prepara para fazer amor. A mulher quer se sentir única na hora do sexo, daí o por que dela fazer amor e homem sexo.
- Você tem razão, esperamos ser únicas a todo tempo, mas principalmente na hora da intimidade, quando podemos fazer parte do mesmo corpo durante alguns minutos...
- É verdade! Desmentindo a Física, que fala que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço.
- Essa conversa ainda proporciona muita história, pena que já é tarde e temos que ir.
Pagamos a conta e fomos para casa, passei uma boa parte da noite pensando naquilo. Discutimos sobre um assunto que é complexo, nos demos o direito de invadir dois mundos diferentes, mas que se completam. Em mesa de bar rola mesmo de um tudo, até uma conversa sobre o universo que são duas galáxias diferentes.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

MAIS UMA VEZ E SEMPRE, AMOR!

O teu cheiro vaga no ar
E toda manhã fito o sol
Como se fosse a primeira vez.
Vejo-te no azul do céu,
Que cúmplice esculpi o teu rosto em brancas nuvens.

O dia passa e o encanto se vai
Deixando a razão soberana.
Eu, pobre mortal!
Náufrago perdido
Em algum espectro
No oceano que é meu coração.

A minha rainha
Já ausente de lembranças minhas
Em outros braços goza de amores.
Que vida ausente de existência
Onde jaz e esquecido por ela
Ainda duelo com a solidão.

Um dia talvez saberá
Com quanto amor
Por ti
Nutrir meu peito.
Tudo que amei,
Que amo
E podia amar
Está refletido
Em tudo o que foste,
Que é e podia ser.

Tento conformar-me,
Mas, não tenho mais forças.
Secou-me a esperança
De tocar novamente
Os teus lábios com os meus
E de ouvir mais uma vez
- Amo-te!
E logo após morrer
De amor e ininterrupto gozo.

Nielsen Furtado.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A FESTA

Bar é um lugar onde muitas coisas acontecem. Em mesa de bar conhecemos o novo corno, a gatinha que está dando geral, o cara que está devendo até as cuecas e o mais comum de todos, o que brigou com a mulher em casa. Porém o que vou contar aqui não aconteceu em mesa de bar, mas envolvia uma certa quantidade de substância etílica.
Fui passar o sábado na casa do meu tio que estava comemorando aniversário. Levei a minha namorada e quando chegamos encontramos o meu tio, primo e um parente nosso. Conversa vai, conversa vem, e o assunto preferido era sobre mulher. Repentinamente passou por lá uma amiga deles que tem lá a sua graça. Chamaram ela para fazer parte daquela confraternização. Ela, boa de copo como pareceu ser não se negou em atender o pedido. Meu tio ficou logo com olho de Lobo Mal querendo comer a Chapeuzinho Vermelho, entretanto, nosso parente foi quem partiu em cima. Caiu matando mesmo, sem nenhuma cerimônia. A mulher em questão disse que estava carente, foi ai que os dois babaram, rosnaram e quase se engalfinharam como dois lobos no cio.
O meu parente como não queria mais concorrência, ficava dizendo que a mulher liberava geral. Eu e outros primos que apareceram não podíamos fazer nada, estávamos todos acompanhados e então resolvemos deixar os três conversando mais intimamente. Resultado disso tudo, eles dois ficaram bêbados e não conseguiram comer a mulher, que foi para casa só na vontade de ser amada.

quinta-feira, 5 de julho de 2007


“Renan diz que não vai renunciar a presidência do Senado”, “Renan diz que é inocente”, “Renan isso... Renan aquilo... Renan disse... Renan fez...”. Todos os dias é sempre a mesma coisa. Os meios de comunicação estampam manchetes e manchetes sobre o escândalo “Renan Calheiros”, e cada vez que vejo as matérias sinto uma enorme indignação. Confesso que sinto náuseas ao assistir, ler e ouvir tudo referente a essa imoralidade contra o povo brasileiro. O mais indecente é ver no meio desse turbilhão outro senador envolvido em mais em escárnio corruptível. O senador Joaquim Roriz renunciou ao mandato por ter seu nome envolvido em mais uma “trama” onde séria denunciado por quebra de decoro parlamentar. O mais absurdo de toda essa “tragédia grega” (ou melhor, brasileira) é que a sessão que iria acusar o ex-senador Roriz, seria presidida pelo então presidente da casa, senador Renan Calheiros, que também corre o risco de ser denunciado ao conselho de Ética do Senado pelo mesmo crime que que o seu ex-companheiro de parlamento. Isso só acontece mesmo no Brasil, mas o povo não é mais tão tolo como era em tempos atrás! Essa comédia desmoralizadora da política nacional está pela hora do fim, e quero poder fazer parte dessa história, quando o exército do povo conseguir vencer o dos corruptos e mentirosos. De uma coisa eles tem certeza, a de nós é que damos poder para eles legislarem, que é muito diferente de roubarem. Abaixo aos ladrões da pátria e viva a REVOLUÇÃO DO POVO (acho que estou revendo meus conceitos direitistas).

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Quando criança idealizava muitos sonhos. Queria ser médico, motorista de ônibus e professor. Essa mistura de profissões só era possível mesmo na mente fértil de uma criança. Mas, essa salada se explica. A primeira profissão tinha a ver com a da minha mãe, não que ela seja médica, entretanto trabalhava diretamente com a área já que era Auxiliar de Enfermagem. A segunda vinha pela minha parte paterna, e isso me causava uma enorme satisfação, pois todos os meus amigos achavam muito legal ter um pai que dirigisse um automóvel daquele tamanho. A ultima acho que era mesmo vocação, mesmo tendo uma tia professora.
Essa fase passou e hoje estou me formando em Jornalismo e pretendendo fazer especialização em Metodologia do Ensino Superior. Espero que o meu filho também tenha o sonho de ser um profissional como o pai, mas quero que o tempo lhe mostre a sua real vocação. É engraçado! Olho para o meu filho e sinto algo muito maravilhoso, acho que é o verdadeiro amor de pai. Agora entendo o que minha mãe faz para proteger eu e minhas irmãs. Estou passando por uma fase muito boa, uma fase da minha vida em que estou vendo as coisas de uma forma diferente. Parece gozado, mas quando se tem alguém para cuidar a vida parece ficar muito mais seria do que era outrora.
Filho o papai te ama e fará de tudo para que você seja muito feliz e que possa ser um homem de bem, de caráter e de hombridade. Seja muitas coisas na vida, mas nunca se esqueça de ser você mesmo.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

CINCO ANOS DA "VIDA É UMA FESTA"

Acabei de passar pelo Projeto Reviver, e já deu para sentir o clima da festança que vai acontecer mais tarde. É hoje! “A vida é uma festa” completa cinco anos de boas e gostosas festas. O evento é comandado pelo poeta e compositor José Maria Medeiros, e conta com a participação de vários artistas da terra como, Elizeu e Erivaldo. A festa é uma mescla de manifestações culturais das mais diversas. O palco já está armado, agora é só chegar cedo para ter uma melhor visão de todo o evento e se deliciar com os ritmos da nossa cultura. E outro lembrete, vá preparado para ficar com os pensamentos drobados, ou melhor, drog...

quinta-feira, 10 de maio de 2007



A visita do papa Bento XVI ao Brasil, não poderia ter sido em hora mais oportuna. Digo isso porque estão acontecendo fatos que vão de encontro com a opinião pública. Não sei a razão de ainda me espantar tanto, já que o Brasil é muito hábil neste tipo de manobra.
A visita do papa Bento XVI está sendo um grande acontecimento para o povo católico, que a cada dia me surpreende mais tamanho é o aumento de fiéis, na qual podemos perceber nessa breve passagem do pontífice pelo Brasil. O papa vem ao Brasil para resgatar “as ovelhas desgarradas do rebanho”, ou seja, vêm para tentar aproximar mais da igreja os católicos que estão distantes. A tarefa do pontífice é árdua, mas não impossível, pelo que tive oportunidade de saber sobre Bento XVI, é que ele é uma pessoa de personalidade e é um conservador convicto dos princípios da Igreja Católica. Porém, o pontífice nem sempre pensou e agiu como um conservador. Em tempos de faculdade o papa participou de um movimento na instituição onde estudava contra o autoritarismo da igreja, entretanto mais tarde quando professor da faculdade viu a sua autoridade ameaçada, então viu-se nascer o homem autoritário e conservador que habitava dentro do então mortal Joseph Hansenguer.
Poucos acham que a igreja vá caminhar a passos largos para uma modernidade esperada, mas como tudo na vida é passível de mudança, e o próprio papa mudou quando ainda mortal, quem sabe não pode vê as coisas de um outro prisma agora que é uma “santidade”.
Bento XVI e Igreja Católica à parte, vamos falar das outras farsas, ou melhor realidades do Brasil. A mídia no país está toda voltada na cobertura da visita de Bento XVI, que pouco espaço está dando para outros assuntos, porém para aqueles ao quais os olhos e ouvidos estão sempre em alerta permanente, esses assuntos não passam despercebidos. No dia 09/05, os parlamentares se concederam um generoso aumento de apenas 28,5%, pouco, muito pouco para quem trabalha tanto em prol do povo brasileiro. Há tempos vinha querendo fazer uma campanha para que os parlamentares recebessem aquilo que realmente condiz com o seu trabalho. Fazemos as contas, os parlamentares acordam para irem ao ardo trabalho às 09:00h da manhã, pegam os carros federais com seus motoristas e chegam para trabalhar às 10:00h da manhã. Meio-dia se encaminham para comerem as suas marmitas em restaurantes dentro do próprio local inóspito de trabalho. Duas horas depois estão de volta e lá ficam sentados votando pautas e se cansando até as 17:00h. Essa rotina tão puxada é de terça-feira até quinta-feira, já que eles acharam por bem não trabalharem na sexta-feira, já que a jornada estava muito pesada. Enfim, passaram a ganhar a pequena quantia de R$ 16.512.
Um trabalhador comum sai de casa às 5:00h da manhã, pega duas conduções para chegar ao trabalho às 7:00h, trabalha até meio-dia, quando chega enfim a hora de almoçar. Muitos comem um cachorro-quente na rua com um pão e voltam para o trabalho, pois não podem perder a hora. Saem às 17:00h, pegam as mesmas duas conduções e chegam em casa às 19:00h. Trabalham em geral sete dias da semana e tiram férias uma vez por ano. Ah! Os parlamentares tiram férias duas vezes ao ano. E o trabalhador comum ganha um salário que dá inveja a qualquer um parlamentar, R$ 380,00. Isso é que é heroísmo.
Ah! Antes que eu esqueça, pois já esqueci o nome do ministro (acho bom, pois prova que não tenho merda na cabeça), o grande cidadã de bem declarou que o que ganha é muito pouco, já que ao receber o dinheiro e pagar todas as suas divídas ele fica apenas com R$ 5 mil para gastar. Isso é que é o Brasil!!!

quarta-feira, 9 de maio de 2007



Em todo movimento sempre existe a banda podre, aquela parte da manifestação que nada faz em prol do que está sendo proposto. Essa parcela de “pessoas” sempre é a parte mais ínfima, fraca e vil dentro de uma manifestação independente e que clama por justiça e igualdade social, como é o caso do HIP HOP.
Quando assistir no Fantástico as cenas do show dos RACIONAIS MC’S, fiquei enojado com tanta barbaridade por parte de alguns vagabundos, ou melhor, BANDIDOS. Essas pessoas não sabem qual é o verdadeiro significado do HIP HOP, nem o que é paz ou amor.
São homens e mulheres com enormes problemas mentais que deveriam procurar assistência psiquiátrica para se tratarem. Porém, julga-se que elas sejam de um poder aquisitivo bem ágüem do necessário para bancar um tratamento médico que se julga caro. Por outro lado, quem pode dar assistência a esses animais selvagens: o governo. Então pergunto: a assistência médica dada ao pobre no Brasil é igual à prestada para o rico?
O que esses animais não percebem, é que o HIP HOP questiona entre outras coisas esse tipo de conduta do estado. Então, em vez de irem ao show e questionarem de forma pacífica como faz os RACIONAIS MC’S, eles preferem é serem espancados de forma covarde pela polícia despreparada de São Paulo, que se mostra a cada dia incapaz de acabar com a facção que os humilha e os fazem se sentirem como idiotas sem comandos e como incompetentes comandados.
Esperei três longos dias para poder me manifestar sobre o caso, pois estava esperando que a mídia batesse nos RACIONAIS MC’S, o que como era inevitável aconteceu. Primeiro começo justificando a minha limitação de tempo disponível para essa tarefa, mas tudo bem vamos às justificativas:
1- O site do jornal Folha de São Paulo, noticiou no dia 60/05 às 17h 49, o seguinte parágrafo: Segundo a secretaria, o grupo "começou a atacar policiais militares com pedras e garrafas e a depredar uma banca de jornal". O jornal, não sei por que razão ou irresponsabilidade, deixa ser publicado um parágrafo intencionalmente ambíguo e covardemente se esconde atrás da Secretária de Segurança do Estado de São Paulo. Que grupo começou a confusão, o grupo que estava em cima do palco cantando músicas de protesto, ou o grupo de loucos que estavam enfurecidos em cima de uma banca de revistas na Praça da Sé? O jornal Folha de São Paulo expõe de forma clara o que a mídia no Brasil faz com o RAP, ou seja, o marginaliza e tenta fazer com que o movimento fique pequeno. Ledo engano deles e do governo porque o HIP HOP cresce de forma desordenada a cada dia e o movimento está mais sólido que nunca.
2- O tenente Jackson (que não quis falar o sobrenome), responsável pela ação policial na sé, disse as seguintes palavras, "Eles [os fãs] subiram na banca e tentaram invadir apartamentos pelas janelas, foi indecente". Começarei logo a questionar, eles quem, os fãs. Não sejamos idiotas, os fãs do grupo sabem compreender as letras e as mensagens repassadas, ou o seu tenente Jackson acha que é pobre é ignorante. Se o é, garanto a esse senhor desavisado não é por opção própria, mas sim por falta de inúmeras oportunidades. Os fãs dos RACIONAIS respeitam e querem ser respeitados, pois não somos um bando de arruaceiros e nem um monte de bandido, como a “bandida” polícia paulista quer mostrar. Afinal, esconder incompetência é uma das melhores armas da polícia paulista. Em outra parte da matéria ele afirma que o grupo RACIONAIS MC’S é o culpado pelo triste episódio, afirmando que todo show dos “manos” acaba em briga, e acima de tudo estavam preparados para o confronto. Agora percebo que o descontrole da polícia paulista não é só em combate, mas é também em pessoal responsável por passar informação para a mídia.
Ademais, fica aqui o meu repúdio por todo o episódio de uma forma geral. Espero que a luta prossiga e que MANO BROWN, EDY ROCK, KL JAY E ICE BLUE, CONTINUEM CANTANDO E CONSIENTIZANDO AS MASSAS BRASIL À FORA.


quarta-feira, 25 de abril de 2007

CHARGES


ESSE É O BRASIL


O Brasil é um país onde muitas coisas acontecem e beiram ao ridículo. Na última terça-feira, 24 de abril, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu por unanimidade arquivar a representação do PSDB e do DEM (antigo PFL) contra a suposta existência de abuso de poder do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha eleitoral de 2006. Parece absurdo que o presidente Lula esteja envolvido nesse episódio, eu particularmente não acredito em sua participação, mas há que se levar em conta a investigação a respeito de onde saiu o dinheiro, já que o ministro César Asfor Rocha, em sua decisão, alegou que não haviam indícios que o dinheiro apreendido com Valdebran Padilha e Gedimar Passos fosse do PT, ou qualquer comprovação do presidente e do PT, o voto do ministro foi seguido por outros seis ministros do TSE. Basta, porém saber de onde saiu o dinheiro para a compra do dossiê, pois uma coisa eu posso afirmar, que o dinheiro não saiu da minha cueca, ou será que saiu? Questões ainda precisam ser apuradas e colocadas à vista da sociedade, mesmo tendo a certeza de que a justiça não é tão sega quando parecer que é. Ontem assistindo a um telejornal nacional pude ser testemunha de uma frase que casa bem com a situação: “o Brasil não é mais uma republica federativa, mas sim uma republica corporativa”.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Hillary Clinton bate recorde de arrecadação.


Nos primeiros três meses de campanha presidencial, Hillary já arrecadou 26 milhões de dólares, quase o triplo do recorde anterior.

A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton já pulverizou todos os recordes de arrecadação para o fundo eleitoral de sua campanha. Só no primeiro trimestre de campanha presidencial, a senadora já reuniu U$ 26 milhões, que indica o triplo do recorde anterior de 8,9 milhões, marcado por Al Gore, em 1999.
A esposa do ex-presidente Bill Clinton, começou a receber doações desde 20 de janeiro, quando lançou oficialmente a sua campanha presidencial. Oitenta por cento das doações foram em cheques de U$ 100 e 4,2 milhões foram arrecadados pela internet. Segundo informou o seu comitê de campanha.
A esta quantia é acrescentada mais 10 milhões que Hillary Clinton transferiu da sua campanha à reeleição como senadora, fundo que foi arrecadado em comícios legislativos de novembro do ano passado.
O segundo colocado nas convenções dos democratas, Barack Obama, não divulgou a quantia arrecada pelo seu comitê, mas estipula-se que ele tenha ultrapassado os outros pré-candidatos, como o governador do Novo México, Bill Richardson, que recebeu U$ 6 milhões e os senadores Cris Dodd e Joseph Biden, ambos com U$ 4 milhões.
Os outros aspirantes a presidente dos Estados Unidos, não divulgaram os seus rendimentos, porém afirmaram que irão divulgar no próximo dia 15 de abril, quando acaba o prazo para apresentar o valor das arrecadações para as autoridades eleitorais.




Por Nielsen Furtado

quarta-feira, 7 de março de 2007

DIA INTERNACIONAL DA MULHER






Essa poesia é uma singela homenagem que faço a todas as mulheres por essa data em que comemora-se o dia internacional da mulher. Parabéns! Vocês merecem todas essas homenagens, pois vocês sempre trazem um ar de beleza aonde quer que estejam.
PRA TE LEMBRAR


POR NIELSEN FURTADO

Quando falo de amor
Refiro-me a algo que nem sei o que significa
Porém sei que é algo único
E dura para toda a vida

Quando falo em ti
Não sei direito no que penso
Mas sei que jamais irei esquecer
O teu jeito de dizer –eu te amo-

Quando sonho com você
Sinto os teus lábios nos meus
O teu cheiro parece ser mais doce
E o teu corpo mais macio

Sei que um dia nos reencontraremos
Em algum caminho das nossas vidas
Então saberei o que me fez te guardar em mim
E o por que de ter vivido
Tão intensamente essa paixão

Nesse dia irei te presentear com a tua lembrança
Uma parte que só viveu em mim
E que dentro desse imenso amor
Moldou-te a mulher mais cheia de luz
Mais feliz
Mais desejada
Mais amada
Então saberei a razão
De ainda guardar tudo que me lembre você.

Yoko Ono proíbe exibição de estréia de filme sobre John Lennon


Yoko Ono proíbe exibição de estréia de filme sobre John Lennon
Première de "Three days in the life" aconteceria em escola nesta terça, nos EUA. Advogados de Yoko Ono impediram a exibição, mesmo sendo gratuita.
Divulgação
Yoko e Lennon (Foto: Divulgação)
A estréia mundial do documentário sobre John Lennon "Three days in the life" (três dias na vida, em tradução livre) foi cancelada a pedido dos advogados de Yoko Ono, viúva de Lennon, sob a alegação de que Yoko não havia autorizado a exibição pública do filme. A sessão estava marcada para esta terça, no colégio Berwick Academy, em Maine (EUA). O diretor da escola, Hap Ridgway, disse que sua preocupação inicial de controlar a multidão de alunos ansiosos se transformou na apreensão de que o filme nunca será exibido por ali, depois de ter recebido uma chuva de ligações e e-mails dos advogados de Yoko na noite de segunda-feira. "Certamente, esperamos que os dois lados se reúnam", disse ele nesta terça à AP. "O que percebemos, desde que a coisa toda se enrolou, é que se trata de uma disputa que ainda vai longe".O produtor executivo do documentário, Ray Thomas, transformou horas de filmagens brutas feitas no apartamento de Lennon em um filme de 2 horas que cobre um ponto crucial da carreira do ex-Beatle. As filmagens foram feitas pelo ex-marido de Yoko, Tony Cox, em três dias de fevereiro de 1970, dois meses antes da separação dos Beatles.
US$ 1 milhão
O produtor Thomas e seu parceiro, John Fallon, não conseguiram que a viúva concedesse um termo de autorização para a exibição do filme. Os advogados dela afirmam que ela detém os direitos de copyright do filme. Por isso, os produtores decidiram fazer exibições gratuitas em escolas e faculdades. Mas os advogados de Yoko disseram que até isso era proibido, o que impediu o colégio Berwick Academy de exibir o filme. O documentário bruto de Cox foi vendido em 2000 a Fallon, Thomas e o empresário Bob Grenier por US$ 1 milhão. Entre outras coisas, Lennon aparece compondo, fazendo um tour por sua propriedade de 40 hectares e ensaiando para um show na rede de TV BBC, em que apresentou "Instant karma" pela primeira vez publicamente.