segunda-feira, 19 de novembro de 2007


MAIS UMA VISITA DA CEGONHA PELA FRENTE.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

APESAR DA SAUDADE E DA DISTÂNCIA IMPOSTA POR VÁRIOS MOTIVOS, AINDA TE AMO MUITO... SAUDADES DO MEU GAROTO...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007


Quase Que Dezoito
Nando Reis


Ela me olhou de um jeito
Que me fez desentender
Eu tinha quase que dezoito
Mas acabava de nascer

Tudo se passou num instante
Entre um piscar e um olhar pra tras
E aquilo que eu era antes dela
Sumiu, não voltou jamais.

E eu tentei falar com ela,
Pensei que era assim
Nos filmes, nas telenovelas
Mas eu gostava é de gibi
Mas eu não sei
Se eu vou
Terminar sozinho.

E logo que cheguei em casa
Peguei o meu violão
Com três acordes, mi, si, lá
Eu fiz essa canção
Dizendo que ela era impiedosa e eu
Morrendo de tesão
De sua boca mentirosa
O que era sim dizia não.
E o que o jornal anunciava
Eu não prestava atenção
Pois tudo que me importava
Estava agora num refrão...

Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?

Há uma chance
Há uma chance de você querer ficar?

E logo que cheguei em casa
Peguei o meu violão
Com três acordes, mi, si, lá
Eu fiz essa canção

Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?

Há uma chance
Há uma chance de você querer ficar?

Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?
quer ficar comigo?
quer ficar comigo?
quer ficar?

Nando Reis - Quase Que Dezoito

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Metade (Oswaldo Montenegro)



Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.