quinta-feira, 6 de março de 2008

MULHER

“Esse poema é uma singela homenagem a todas as mulheres que fazem parte da minha vida, mas principalmente a minha mãe, minhas irmãs e minha namorada, além de ser um presente a todas as outras mulheres”.


A mulher é a criação divina mais perfeita,
O que melhor explica a leveza do paraíso.
Descrever o universo feminino,
é colocar em verso e prosa
o sabor adocicado dos jardins.
É transformar o cheiro das rosas
em essência soberana aos meros mortais
tementes da perfeição celestial.

A mulher é a canção mais linda,
A poesia mais perfeita
e a prosa mais linda
dessa imensa história da vida.
É o que há de mais sensato
nesse emaranhado de textos
e contextos que não conseguem
desvendar os segredos dessa epopéia.

Ser mulher é ter em sua homenagem
as mais belas obras humanas,
é ser o centro de um universo
tão puro e intenso de sentimentos
que chega a transbordar dos seus poros
o amor mais sublime
e nobre dos corações humanos.

Ser mulher é ter noites e dias
cantados em seu louvor.
É ter como dádiva divina
O dom da gestação
e geração de uma nova vida
dentro de outras vidas.
Ser mulher é ser uma fortaleza
e ao mesmo tempo frágil.
É ter vários significados
em uma só palavra:
Mãe
Única
Linda
Honrada
Especial
Rainha.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O “Abano” do João Paulo

João Paulo é um dos bairros mais antigos e tradicionais de São Luis. Berço cultural que aflora em cada jardim cultivado com a semente da poesia, já foi cantado em versos, prosas e canções pelos seus artistas famosos e anônimos. Durante os anos nasceram várias brincadeiras carnavalescas e juninas, muitas se perderam no tempo, foram deixando pelas ruas do bairro os seus mais belos versos, que apesar do tempo e da falta de apoio não se apagaram das mentes Joãopaulinas mais voltadas à apreciação do que é verdadeiramente cultura do povo, ou cultura feita para o povo.

Foi em meio a todo esse clima poético que nasceu em 1985 a “Banda do Abano”. A brincadeira que tem como nome um objeto típico do interior maranhense e que é uma herança deixada pelos povos indígenas, já nasceu na irreverência, pois um dos seus fundadores, Zé Pivó, conta que a banda nasceu da brincadeira de uma componente. “Estávamos para sair pelas ruas do João Paulo com um arrastão pré-carnavalesco, quando a Nega Nélia, começou a gritar que estava fazendo muito calor e que iria tirar a roupa para refrescar o corpo, nessa ocasião o Zé Cilepe, que era um comerciante do bairro fez a doação de 100 abanos para a banda, então decidimos colocar o nome Banda do Abano”.

Ainda de acordo com Zé Pivó, no início as coisas eram bastante difíceis, as pessoas do bairro chegaram a fazer até abaixo assinado para acabar com a brincadeira, por que achavam que era uma reunião de um monte de desocupados que queriam apenas perturbar a ordem. Porém, atualmente a banda já é registrada e cada vez mais se consolida no período que antecede ao carnaval de São Luis, sempre levando alegria pelas ruas do João Paulo e bairros adjacentes nas tardes de domingo.

Em 1986 a brincadeira foi registrada na Secretaria de Cultura do Estado (SECMA), e formou-se uma diretoria para organizar melhor os arrastões que a banda fazia. Em 2008, a Banda do Abano está completando 23 anos de sua fundação e ainda continua arrastando centenas de pessoas pelas ruas dos bairros do João Paulo, Caratatiua e Ivar Saldanha nas tardes de domingo, sempre durante o período que antecede o carnaval. A atual diretoria está trabalhando para manter a brincadeira ainda nas ruas, apesar das dificuldades que são inerentes às brincadeiras que dependem da colaboração popular para continuarem dando alegria a quem ultimamente se contenta com esses breves momentos.