AMAR É...
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Amar, é não saber, não ter coragem
Pra dizer que o amor que em nós sentimos;
Temer qu'olhos profanos nos devassem
O templo onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros Inesgotáveis d'lusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!
Isso é amor, e desse amor se morre!
Gonçalves Dias.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
SONETO DA SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
De repente da calma fez-se o vento
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Por Vinícios de Moraes
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
AMAR É...
João é um amigo que ama de forma incondícional uma mulher que passou na sua vida. Passo horas conversando com ele e sempre o nome dela aparece envolto em alguma cena. Semana passada estávamos ouvindo “Coração Vagabundo” de Caetano Veloso, que estava sendo interpretada por Gal. Olhei para meu amigo e observei seus olhos brilhantes e cheios de lágrimas, falei então – Chora João, quem ama tem que expor seus sentimentos – Ele virou na direção contrária a mim, e falou entre soluços – quem ama é doente! – Fiquei ali parado sem palavras, sem chão e sem saber o que pensar.
Passei toda a semana pensando naquilo que ouvi da boca de João, às vezes me pego pensando na hipótese dele ter falado aquilo sem pensar. Será? É, acho que ele sabia muito bem o que queria falar. Por que o amor é doença? Talvez essa seja a visão de muitas pessoas, mas outras vêem o amor como sendo um remédio para a solidão, que para muitos é um mal mortal.
Sei que me pego pensando horas nessa frase e cada vez formo uma opinião, mas quando por vez penso novamente na bendita frase, percebo que estava errado e outra vez fico sem rumo procurando explicações para o inexplicável. A verdade é que amar não é doença. Ser doente é ser dependente de outra pessoa, é ser egoísta com os sentimentos, é querer a pessoa amada só para si, é nunca imaginar-se sem o amante do lado, é impor a sua presença na vida de quem se ama, é sentenciar a pessoa amada ao seu convívio até a morte, é ter na pessoa amada a figura de uma pessoa pura, é querer que o amante seja a pessoa mais perfeita na terra. Isso é doença. Amar se restringe a uma única palavra – LIBERDADE!
Passei toda a semana pensando naquilo que ouvi da boca de João, às vezes me pego pensando na hipótese dele ter falado aquilo sem pensar. Será? É, acho que ele sabia muito bem o que queria falar. Por que o amor é doença? Talvez essa seja a visão de muitas pessoas, mas outras vêem o amor como sendo um remédio para a solidão, que para muitos é um mal mortal.
Sei que me pego pensando horas nessa frase e cada vez formo uma opinião, mas quando por vez penso novamente na bendita frase, percebo que estava errado e outra vez fico sem rumo procurando explicações para o inexplicável. A verdade é que amar não é doença. Ser doente é ser dependente de outra pessoa, é ser egoísta com os sentimentos, é querer a pessoa amada só para si, é nunca imaginar-se sem o amante do lado, é impor a sua presença na vida de quem se ama, é sentenciar a pessoa amada ao seu convívio até a morte, é ter na pessoa amada a figura de uma pessoa pura, é querer que o amante seja a pessoa mais perfeita na terra. Isso é doença. Amar se restringe a uma única palavra – LIBERDADE!
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Esse filme mostra como Sarney começou a fuder com o Maranhão.
http://www.youtube.com/watch?v=Zy-s6_uPjis
http://www.youtube.com/watch?v=Zy-s6_uPjis
Agora foi oficializado que o brasileiro estar mais interessado com a própria aparência do que com o que come. Essa indústria da beleza está massificando essa tendência, que encontra legitimação em inúmeras campanhas que estão travestidas de um ideal bárbaro de beleza. Aos que aderem a essa nova moda, desejo-lhes muita sorte, pois irão precisar, já os que como esse blogueiro que vos escreve, sempre anda à margem de tal processo, o melhor mesmo é assistir a toda essa comédia pastelona de camarote.
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