Entender o amor é uma atividade tão complexa, que requer tempo disponível e muitas noites em claro. No final de um caminho tão agonizante e cheio de incertezas, vem a real percepção de que por mais que uma resposta seja esperada, o que se pode observar é que não há nada a dizer, nem a compreender. Muitas estradas são percorridas, muitas portas são abertas, outras fechadas e nas entrelinhas de um contexto tão enigmático, a melhor opção é a de deixar a vida seguir seu próprio rumo.
Esses pensamentos incertos martelavam incessantemente a cabeça de Joseph, que passava horas tentando achar respostas para algo que a mente humana não pode compreender. Ele tinha uma vida normal, em certos pontos monótona e cheia de altos e baixos. Era um profissional respeitado e amante das artes. Tinha uma profissão que era a única coisa que lhe tirava a monotonia, e procurava na poesia as fugas inexoráveis de uma realidade maquiada criada para dar sustentação a uma felicidade muito distante da apresentada.
Fez da introspecção uma arma para observar as situações, assim ficou mais protegido das intempéries da vida. Tinha muitos colegas, amigos, bem poucos. Trabalhava em um lugar onde se sentia à vontade e podia colocar em prática um projeto de trabalho que sonhava nos tempos de faculdade. Em lugar onde uma gama considerável de bons fluídos emanava de forma espontânea uma suavidade mágica, não seria estranho o aparecimento de um grande amor.
Joseph chegou um dia ao seu local de trabalho e percebeu uma imagem divina que há tempos não reluzia em seus olhos. Era uma mulher linda, supostamente desenhada por mãos divinas e com curvas delicadamente maliciosas, que faziam com que algo fora do comum acontece dentro dele. Ele parecia hipnotizado com tanta beleza, uma beleza, assim, simples, harmônica e espontânea. Dela exalava uma essência inexistente nesse mundo, um perfume que entrou no corpo dele e procurou o coração para se refugiar.
Longos tempos de admiração e algumas poucas palavras que se resumiam – Boa tarde! – era o que ainda conseguia dizer quando encontrava com aquela que permeava seus sonhos mais poéticos. A vida obedecendo ao seu ritual surreal, pôs de forma mágica uma interseção em seus caminhos. Assim, os dois puderam se conhecer de forma mais intensa e a admiração de Joseph foi aumentando de uma forma sublime.
A cada encontro ele procurava ver nos olhos dela respostas para perguntas que ele fantasiava, mas que faziam bem ao seu coração indeciso. Os seus pensamentos eram torturados diariamente com a incerteza de algo parecido no coração dela. Emanuele! Esse era o nome da deusa dos sonhos de Joseph. Ele a admirava tanto que não conseguia esconder nem mesmo dela, mas ainda assim, sentia-se incapaz de ler nas entrelinhas.
Joseph já havia seduzido algumas mulheres na vida. Entretanto, seduzir é uma coisa egoísta, pois só satisfaz a quem consegue êxito, é algo que é feito para preencher o ego do sedutor, mas traz uma grande incerteza ao seduzido. Não! O que ele queria trazer era a certeza de um amor puro, sincero, devoto e construtivo. Não queria seduzir, queria conquistar, assim, conquistando aquele enorme coração, poderia não só fazer-se feliz, mas proporcioná-la também a suprema felicidade.
E agora Joseph sentia-se maduro para expor seus sentimentos, mas ainda tinha muitas incertezas. Sabia que ela percebia os galanteios, e até podia jurar que de alguma forma ela gostava. Entretanto, o medo de está precipitando as coisas o consumia de forma dilaceradora. É factual que o momento da verdade chegaria para ambos, e como já se fazia inevitável ao coração de Joseph, ele resolveu expor a ela o que sentia. Entretanto, como de súbito, resolveu se calar e deixar com que as correntezas desse rio de paixões pudessem levar até oceano de amores as ondas de um sentimento sinceramente puro e terno. Assim, deu à vida todas as prerrogativas para escrever o fim dessa epopéia.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
quinta-feira, 6 de março de 2008
MULHER
“Esse poema é uma singela homenagem a todas as mulheres que fazem parte da minha vida, mas principalmente a minha mãe, minhas irmãs e minha namorada, além de ser um presente a todas as outras mulheres”.
A mulher é a criação divina mais perfeita,
O que melhor explica a leveza do paraíso.
Descrever o universo feminino,
é colocar em verso e prosa
o sabor adocicado dos jardins.
É transformar o cheiro das rosas
em essência soberana aos meros mortais
tementes da perfeição celestial.
A mulher é a canção mais linda,
A poesia mais perfeita
e a prosa mais linda
dessa imensa história da vida.
É o que há de mais sensato
nesse emaranhado de textos
e contextos que não conseguem
desvendar os segredos dessa epopéia.
Ser mulher é ter em sua homenagem
as mais belas obras humanas,
é ser o centro de um universo
tão puro e intenso de sentimentos
que chega a transbordar dos seus poros
o amor mais sublime
e nobre dos corações humanos.
Ser mulher é ter noites e dias
cantados em seu louvor.
É ter como dádiva divina
O dom da gestação
e geração de uma nova vida
dentro de outras vidas.
Ser mulher é ser uma fortaleza
e ao mesmo tempo frágil.
É ter vários significados
em uma só palavra:
Mãe
Única
Linda
Honrada
Especial
Rainha.
O que melhor explica a leveza do paraíso.
Descrever o universo feminino,
é colocar em verso e prosa
o sabor adocicado dos jardins.
É transformar o cheiro das rosas
em essência soberana aos meros mortais
tementes da perfeição celestial.
A mulher é a canção mais linda,
A poesia mais perfeita
e a prosa mais linda
dessa imensa história da vida.
É o que há de mais sensato
nesse emaranhado de textos
e contextos que não conseguem
desvendar os segredos dessa epopéia.
Ser mulher é ter em sua homenagem
as mais belas obras humanas,
é ser o centro de um universo
tão puro e intenso de sentimentos
que chega a transbordar dos seus poros
o amor mais sublime
e nobre dos corações humanos.
Ser mulher é ter noites e dias
cantados em seu louvor.
É ter como dádiva divina
O dom da gestação
e geração de uma nova vida
dentro de outras vidas.
Ser mulher é ser uma fortaleza
e ao mesmo tempo frágil.
É ter vários significados
em uma só palavra:
Mãe
Única
Linda
Honrada
Especial
Rainha.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
O “Abano” do João Paulo
João Paulo é um dos bairros mais antigos e tradicionais de São Luis. Berço cultural que aflora em cada jardim cultivado com a semente da poesia, já foi cantado em versos, prosas e canções pelos seus artistas famosos e anônimos. Durante os anos nasceram várias brincadeiras carnavalescas e juninas, muitas se perderam no tempo, foram deixando pelas ruas do bairro os seus mais belos versos, que apesar do tempo e da falta de apoio não se apagaram das mentes Joãopaulinas mais voltadas à apreciação do que é verdadeiramente cultura do povo, ou cultura feita para o povo.
Foi em meio a todo esse clima poético que nasceu em 1985 a “Banda do Abano”. A brincadeira que tem como nome um objeto típico do interior maranhense e que é uma herança deixada pelos povos indígenas, já nasceu na irreverência, pois um dos seus fundadores, Zé Pivó, conta que a banda nasceu da brincadeira de uma componente. “Estávamos para sair pelas ruas do João Paulo com um arrastão pré-carnavalesco, quando a Nega Nélia, começou a gritar que estava fazendo muito calor e que iria tirar a roupa para refrescar o corpo, nessa ocasião o Zé Cilepe, que era um comerciante do bairro fez a doação de 100 abanos para a banda, então decidimos colocar o nome Banda do Abano”.
Ainda de acordo com Zé Pivó, no início as coisas eram bastante difíceis, as pessoas do bairro chegaram a fazer até abaixo assinado para acabar com a brincadeira, por que achavam que era uma reunião de um monte de desocupados que queriam apenas perturbar a ordem. Porém, atualmente a banda já é registrada e cada vez mais se consolida no período que antecede ao carnaval de São Luis, sempre levando alegria pelas ruas do João Paulo e bairros adjacentes nas tardes de domingo.
Em 1986 a brincadeira foi registrada na Secretaria de Cultura do Estado (SECMA), e formou-se uma diretoria para organizar melhor os arrastões que a banda fazia. Em 2008, a Banda do Abano está completando 23 anos de sua fundação e ainda continua arrastando centenas de pessoas pelas ruas dos bairros do João Paulo, Caratatiua e Ivar Saldanha nas tardes de domingo, sempre durante o período que antecede o carnaval. A atual diretoria está trabalhando para manter a brincadeira ainda nas ruas, apesar das dificuldades que são inerentes às brincadeiras que dependem da colaboração popular para continuarem dando alegria a quem ultimamente se contenta com esses breves momentos.
Foi em meio a todo esse clima poético que nasceu em 1985 a “Banda do Abano”. A brincadeira que tem como nome um objeto típico do interior maranhense e que é uma herança deixada pelos povos indígenas, já nasceu na irreverência, pois um dos seus fundadores, Zé Pivó, conta que a banda nasceu da brincadeira de uma componente. “Estávamos para sair pelas ruas do João Paulo com um arrastão pré-carnavalesco, quando a Nega Nélia, começou a gritar que estava fazendo muito calor e que iria tirar a roupa para refrescar o corpo, nessa ocasião o Zé Cilepe, que era um comerciante do bairro fez a doação de 100 abanos para a banda, então decidimos colocar o nome Banda do Abano”.
Ainda de acordo com Zé Pivó, no início as coisas eram bastante difíceis, as pessoas do bairro chegaram a fazer até abaixo assinado para acabar com a brincadeira, por que achavam que era uma reunião de um monte de desocupados que queriam apenas perturbar a ordem. Porém, atualmente a banda já é registrada e cada vez mais se consolida no período que antecede ao carnaval de São Luis, sempre levando alegria pelas ruas do João Paulo e bairros adjacentes nas tardes de domingo.
Em 1986 a brincadeira foi registrada na Secretaria de Cultura do Estado (SECMA), e formou-se uma diretoria para organizar melhor os arrastões que a banda fazia. Em 2008, a Banda do Abano está completando 23 anos de sua fundação e ainda continua arrastando centenas de pessoas pelas ruas dos bairros do João Paulo, Caratatiua e Ivar Saldanha nas tardes de domingo, sempre durante o período que antecede o carnaval. A atual diretoria está trabalhando para manter a brincadeira ainda nas ruas, apesar das dificuldades que são inerentes às brincadeiras que dependem da colaboração popular para continuarem dando alegria a quem ultimamente se contenta com esses breves momentos.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
terça-feira, 13 de novembro de 2007
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Quase Que Dezoito
Nando Reis
Nando Reis
Ela me olhou de um jeito
Que me fez desentender
Eu tinha quase que dezoito
Mas acabava de nascer
Tudo se passou num instante
Entre um piscar e um olhar pra tras
E aquilo que eu era antes dela
Sumiu, não voltou jamais.
E eu tentei falar com ela,
Pensei que era assim
Nos filmes, nas telenovelas
Mas eu gostava é de gibi
Mas eu não sei
Se eu vou
Terminar sozinho.
E logo que cheguei em casa
Peguei o meu violão
Com três acordes, mi, si, lá
Eu fiz essa canção
Dizendo que ela era impiedosa e eu
Morrendo de tesão
De sua boca mentirosa
O que era sim dizia não.
E o que o jornal anunciava
Eu não prestava atenção
Pois tudo que me importava
Estava agora num refrão...
Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?
Há uma chance
Há uma chance de você querer ficar?
E logo que cheguei em casa
Peguei o meu violão
Com três acordes, mi, si, lá
Eu fiz essa canção
Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?
Há uma chance
Há uma chance de você querer ficar?
Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?
quer ficar comigo?
quer ficar comigo?
quer ficar?
Que me fez desentender
Eu tinha quase que dezoito
Mas acabava de nascer
Tudo se passou num instante
Entre um piscar e um olhar pra tras
E aquilo que eu era antes dela
Sumiu, não voltou jamais.
E eu tentei falar com ela,
Pensei que era assim
Nos filmes, nas telenovelas
Mas eu gostava é de gibi
Mas eu não sei
Se eu vou
Terminar sozinho.
E logo que cheguei em casa
Peguei o meu violão
Com três acordes, mi, si, lá
Eu fiz essa canção
Dizendo que ela era impiedosa e eu
Morrendo de tesão
De sua boca mentirosa
O que era sim dizia não.
E o que o jornal anunciava
Eu não prestava atenção
Pois tudo que me importava
Estava agora num refrão...
Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?
Há uma chance
Há uma chance de você querer ficar?
E logo que cheguei em casa
Peguei o meu violão
Com três acordes, mi, si, lá
Eu fiz essa canção
Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?
Há uma chance
Há uma chance de você querer ficar?
Que dizia: Ei!
Uou!
Ei!
Você quer ficar comigo?
quer ficar comigo?
quer ficar comigo?
quer ficar?
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